Parte 21 Os garnizés
Oi pessoal!
Num domingo meus humanos estavam cuidando do jardim e eu estava como sempre por perto, quando chegou uma família muito legal que trouxe de presente para eles, uma caixa de papelão bem grande. Quando ele entregou para minha mãe percebi que seu rosto se iluminou, um a um olharam o interior da caixa e faziam uma expressão de surpresa!O que será que havia naquela caixa? Quando fui dar uma espiadinha, disseram: ¨Cuidado com o Kikito!¨. Aí é que eu fiquei mais intrigado! O que será que eles estavam me escondendo e porque será que eles tinham que tomar cuidado comigo! Fiquei numa curiosidade tão grande e quando eu fico assim, ando de um lado para o outro abanando o rabo como se tivesse um motorzinho ligado! Naquela noite colocaram a caixa cuidadosamente na edícula atrás da casa e trancaram os portões que davam para o pátio externo.
Quase não dormi pensando na caixa. Durante a madrugada ouvi o galo cantar mais de uma vez e pensei que cantoria de galo é essa, que eu nunca ouvi por aqui? Na manhã seguinte todos estavam reunidos na edícula, minha mãe deu falta de um dos integrantes da nova família que veio morar conosco, um casal de garnizé!
A fêmea tinha voado, atravessando o muro e desaparecendo sabe se lá onde! Minha mãe colocou um banco no muro que dava fundos com o vizinho e perguntou pela galinha. Ele disse que iria procurar no terreno. Minha mãe achou melhor sair a campo e bater na porta de outros vizinhos e eu fui junto para ajudar, até que num quintal próximo, avistei a galinha escondida entre umas folhas secas. Era ela eu sabia, e dei o sinal. Luizinho teve que ir ajudar no resgate da D. Garnizé pois ela não conseguia me segurar e pegar a galinha que teimava em voar. Por fim conseguimos resgatar o bichinho que voltou um pouco assustado para edícula, para felicidades de todos e também do galo que estava ficando tristinho com a fuga inesperada da sua parceira. Minha mãe chegou a conclusão que nossa casa era pequena para um casal de garnizés e no outro dia eles partiram para outra casa com um terreno bem maior, onde vivem até hoje fazendo a alegria das crianças que lá residem e também dos adultos que se apaixonaram pelos dois.
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